Gal Costa




















GAL COSTA - Fa-tal: Gal a Todo Vapor
PHILIPS - 6349 020
Tropicalia - 1971


Faixas:
Lado A
01 - Dê um role
02 - Pérola negra
03 - Mal secreto
04 - Como 2 e 2

Lado B
05 - Hotel das estrelas
06 - Assum preto
07 - Bota as mãos nas cadeiras
08 - Maria Bethânia
09 - Não se esqueça de mim
10 - Luz do sol

Lado C
11 - Fruta gogóia
12 - Charles anjo 45
13 - Como 2 e 2
14 - Coração vagabundo
15 - Falsa baiana
16 - Antonico

Lado D
17 - Sua estupidez
18 - Fruta gogóia
19 - Vapor barato


Fa-Tal - Gal a Todo Vapor é um álbum ao vivo da cantora brasileira Gal Costa, lançado em 1971.
Era o auge do desbunde, Gal segurava o estandarte do movimento tropicalista coadjuvada por Waly Salomão (então sob a indentidade psicodélica de Sailormoon), Jards Macalé e Torquato Neto (em sua coluna do extinto jornal Última Hora). Waly dirigiu o show, cuja sigla emblema "Fa-tal" foi extraída de um poema de seu livro "Me segura que eu vou dar um troço", enquanto "A todo vapor" saiu de sua parceria "Vapor barato", fase morbeza romântica com Macalé, incluída no roteiro do show "Fatal", uma série de concertos que realizou no Teatro Tereza Raquel, no Rio de Janeiro.

A turnê foi considerada pela crítica como um marco na sua carreira, com um repertório que misturava rock, o som tropicalista, blues e samba ele traduz com perfeição o que se processava de novo na musica brasileira e como os intérpretes da época reviam ícones do passado. No caso de Gal ela passeava desde o samba tradicional de Geraldo Pereira, em "Falsa baiana" , até Ismael Silva no samba canção "Antonico". Mas o caldeirão de influencias é mais vasto ainda quando percebemos que ela não se deixa levar pelas críticas a alienação da Jovem Guarda e canta "Sua estupidez", de Roberto e Erasmo Carlos, além de uma nova geração de talentosos compositores que surgiam, interpretando canções de Luiz Melodia, "Perola Negra" , Moraes Moreira e Galvão em "Dê um role" , cujos versos iniciais, “não se assuste pessoa se eu lhe disser que a vida é boa” dá uma boa idéia do que rolava na cabeça dos ainda não famosos Novos Baianos, Jards Macalé em "Vapor barato" e "Mal secreto" , com Wally Salomão, e em "Hotel das estrelas" com Duda e "Luz do sol" de Carlos Pinto e Wally Salomão. Nessa mistura pós-tropicalista ainda tinham espaço, "Asa branca" de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e "Fruta gogóia" , do folclore baiano, Além de composições de Jorge Benjor com "Charles anjo 45" e Caetano Veloso em "Como 2 e 2", "Maria Bethânia", "Não se esqueça de mim" e "Coração vagabundo".

Em decorrência do sucesso de Fatal: Gal a Todo Vapor, a Philips decidiu transformar os registros do show em um álbum duplo, com projeto gráfico ousado, de Luciano Figueiredo e Oscar Ramos a partir de fotos de Edison Santos e do cineasta Ivan Cardoso.
 O resultado destas apresentações foi compilado em um álbum, que traz até ruídos e falhas do improviso.  o show foi dividido em duas partes, uma acústica com Gal e o violão em primeiro plano, outra bem mais energética, conduzida pelo Lanny Trio, uma usina de som formada por Lanny Gordin, guitar-hero da Tropicália, o baterista Jorginho Gomes, irmão de Pepeu, e Novelli no contrabaixo há também participações de Baixinho dos Novos Baianos, que tocou tuba.
No meio da temporada, Lanny foi convidado pelo Jair Rodrigues a viajar com com ele para o Midem, na França, junto com os Originais do Samba. Por isso, o Pepeu Gomes entrou em seu lugar o album registra apresentações dos dois guitarristas.
Gal recebeu a alcunha na época de musa do desbunde, o LP, e considerado o primeiro disco duplo da história da MPB.

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