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Torquato Neto


TORQUATO NETO - Os Últimos Dias De Paupéria
EDITORA ELDORADO - TQ 24
Tropicalia - 1973


Faixas:
Lado A
01 - Todo Dia É Dia D - Com Gilberto Gil

Lado B
02 - Tres Da Madrugada - Com Gal Costa


Torquato Pereira de Araújo Neto nasceu em Teresina (PI), no dia 09 de novembro de 1944. Foi contemporâneo de Gilberto Gil  no colégio em que estudou, em Salvador, tornando-se amigo do compositor e conhecendo também os irmãos Caetano Veloso e Maria Bethânia. Em 1966 mudou-se para o Rio de Janeiro, começando seus estudos de Jornalismo. Mesmo sem ter concluído o curso, iniciou-se na profissão trabalhando em diversos jornais cariocas, tendo criado e redigido a coluna "Geléia Geral" no jornal carioca "Última Hora". Um dos criadores do movimento tropicalista, é o autor de inúmeras letras de músicas de sucesso, entre as quais destacamos "Mamãe, Coragem", "Geléia Geral", "Domingou", "Louvação", "Pra dizer adeus", "Rancho da rosa encarnada" e "Marginália II".

Em 10 de novembro de 1972, suicidou-se deixando o seguinte bilhete: "Tenho saudade, como os cariocas, do dia em que sentia e achava que era dia de cego. De modo que fico sossegado por aqui mesmo, enquanto durar. Pra mim, chega! Não sacudam demais o Thiago, que ele pode acordar".

Em 1973, ocorreu a publicação póstuma de seu livro "Os Últimos Dias de Paupéria", organizado por Ana Maria Silva Duarte e Waly Salomão. Três anos depois, alguns de seus poemas foram incluídos na antologia "26 Poetas Hoje", organizada por Heloísa Buarque de Hollanda. Em 1997, foram publicados quatro de seus poemas na antologia bilíngüe "Nothing the Sun Could Not Explain", organizada por Michael Palmer, Régis Bonvicino e Nelson Ascher.


O poema abaixo foi publicado no livro "Os Últimos Dias de Paupéria", Max Limonad - Rio de Janeiro, 1973, e  selecionado por Ítalo Moriconi para figurar no livro "Os cem melhores poemas brasileiros do século", Objetiva - Rio de Janeiro, 2001, pág. 269.


Cogito
Torquato Neto

eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível

eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora

eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim

eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranqüilamente
todas as horas do fim.

Carlos Pinto





















CARLOS PINTO
CONTINENTAL - 1.01.201.056
Tropicalia - 1974



Faixas:
Lado A
01 - Historia De Um Cantor Solitario
02 - Luz Do Sol

Lado B
03 - Depois Daquele Beijo
04 - Todo Dia e Dia "D"

Carlos Pinto




















CARLOS PINTO
CONTINENTAL - CS 50.514
Tropicalia - Folk - 1973


Faixas:
Lado A
01 - Ladeira Da Praça

Lado B
02 - Três Da Madrugada





Antônio CARLOS PINTO Alves nasceu em 25 de setembro de 1948, em Belém de Sao Francisco – PE, filho do Sr. Adalberto Alves dos Anjos e da senhora Josefa Pinto Alves.
Ainda no grupo escolar faz seu primeiro curso de pintura com a Professora. Maria Pires de Carvalho Caribé (D. Lia), parte para estudar o ginásio em Val Paraíso em São Paulo.

Em 1966, ainda no curso ginasial já em Belém de São Francisco é eleito diretor artístico do Ginásio Menino Deus, a partir daí forma com os estudantes o grupo “Teatro dos Novos” e influenciado pelas transformações musicais e teatrais no país apresenta vários espetáculos de cunho político social.
Em 1968 vai estudar Curso Científico na cidade de Petrolina – PE, no Colégio Dom Bosco, lá junto a outros colegas estudantes forma o grupo de teatro “Nós, Por Exemplo”. Mediante a participação num festival de música popular é convidado para participar como “Croner” do conjunto musical “Sanbossa” onde canta em boates de bailes de carnaval.

Carlos Pinto passa a residir em Salvador por quase 2 anos, lá se encontra com um grupo de cantores e compositores, dos quais Moraes Moreira, Tuzé de Abreu, Paulinho Boca de Cantor, o guitarrista Pepeu Gomes, o letrista Luiz Galvão, a dançarina Baby Consuelo e outros.
Realizam juntos o show “Desembarque dos Bichos Depois do Dilúvio Universal”. Uns partem para São Paulo e Carlos Pinto permanece em Salvador – BA, onde junto com o grupo do teatro “Vila Velha” se apresenta em vários momentos musicais.
Numa visita a Petrolina se encontra com o cantor e compositor Geraldo Azevedo e faz um show com a participação deste. Combinam um encontro no Rio de Janeiro. Em agosto de 1970, Carlos Pinto, parte para o Rio de Janeiro, e é recebido pelo percussionista pernambucano Naná Vasconcelos e Geraldo Azevedo. E é apresentado ao poeta e letrista Torquato Neto, um dos membros do movimento “Tropicalista”, com este inicia novas composições.

Em 1971, como parceiro de Waly Salomão compôs a música “Luz do Sol” que é gravada pela cantora Gal Costa.
Em 1973, ocorreu a publicação póstuma do livro "Os Últimos Dias de Paupéria" de Torquato Neto, organizado por Ana Maria Silva Duarte e Waly Salomão, nesta época Gilberto Gil grava “Todo dia é dia D” de Carlos Pinto e Torquato Neto e Gal Costa grava “Três da Madrugada” da mesma parceria as musicas fazem parte do compacto que acompanha o livro.
Carlos Pinto é contratado pela gravadora “Continental” em 1973 e grava seu 1º compacto simples, e parte em turnê nacional junto com o conjunto “Novos Baianos”, os antigos amigos de Salvador.

De volta ao Rio de Janeiro, grava seu 2º compacto, desta vez duplo. Lança o  compacto no teatro da “Gamboa” em Salvador – BA, uma temporada de uma semana. Volta para o Rio de Janeiro e se apresenta no auditório da Faculdade de Arquitetura.
Continua em apresentações e em 1975 retorna a Belém de São Francisco – PE para uma visita familiar e forma o “Grupo de Teatro do Estudante”.
Em 1979, se apresenta na “Sala Funarte” do Rio de Janeiro numa temporada com o cantor e compositor Sérgio Sampaio, autor da música “Bloco na Rua”.