Bernardo Neto




















BERNARDO NETO - Sumaré
TERRAMAR & AR - F 12326
Folk - 1988


Faixas:
Lado A
01- Sumaré
02- Brasão
03- Superstição Imortal

LAdo B
04- Cora Coralina
05- O Novo
06- Vilancete


"Sumaré - um canto poético"
Ao decidir-se por editar disco com composições de Bernardo Neto, o movimento lítero-musical "O Saco" levou em consideração o trabalho de um compositor voltado para a busca constante da sintonia entre a beleza da palavra e da música.

Um artista interessado em deixar registrado no tempo o compromisso do homem para com a vida, a poesia e o destino de todos nós numa era de tantas indecisões e desencantos.

Bernardo Neto desenvolve há muito tempo no Ceará trabalho musical que só tem merecido aplauso e reconhecimento. Mas somente o disco era capaz de impulsionar ainda mais seu talento para ser descoberto em outras plagas e receber a mesma admiração dos que vivem nos limites da província cearense. Ao optar inicialmente por Bernardo Neto, O SACO traz à tona o eterno problema do artista enclausurado nas fronteiras de seu Estado, sem perspectivas futuras se não romper os esquemas tradicionais das gravadoras multinacionais.

Bernardo Neto escolheu para compor "Sumaré" alguns dos nomes mais significativos da literatura cearense. Ao musicar poemas de autores consagrados, dá outra dimensão à palavra que sempre se manteve no restrito espaço do papel. Amplia, repercute e avança ao lado do poder de criação literária. Em "Vilancete, o compositor torna ainda mais conhecida a produção de Moreira Campos, um dos articuladores do Grupo CLÃ, citado em várias antologias internacionais.

Na faixa "O novo", perpetua em melodia os versos de Caetano Ximenes Aragão, autor do grande "Romanceiro de Bárbara". Em "Brasão", Francisco Carvalho, que traz na expressão da linguagem poética a aventura e desventura da existência.

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