Rock Horror Show




















ROCK HORROR SHOW
SOM LIVRE - 410.6005
Rock - 1975


Faixas:
Lado A
01 - Science Fiction (Lucelia Santos)
02 - O Anel De Noivado (Wolf Maia e Diana)
03 - Luz Na Casa De Frankenstein
04 - A Espada Da Morte
05 - Eu Te Faço Ser Homem

Lado B
06 - Nostalgia Rock'N'Roll
07 - Me Toque, Me Toque, Toque, Toque
08 - É Só Me Chamar Tudo Bem
09 - Eu Vou Partir
10 - Só O Amor Interessa


Na primeira metade da década de setenta, Londres borbulhava entre várias vertentes do Rock simultâneas que explodiam pela cidade. Hard-Rock, Progressive Rock e Glitter-Rock estavam entre as mais populares.
Essa mistura do Rock com a androginia e sob fortes referências de velhos filmes de ficção científica e terror das décadas de 1930 e 1950 principalmente, fez com que o autor/diretor australiano, Jim Sharman criasse o bizarro musical "The Rocky Horror Show" em parceria com o ator britânico, Richard O'Brien que compôs as músicas.
A estréia na Inglaterra se deu no Royal Court Theatre Upstairs em 19 de junho de 1973, mas logo mudou-se para um espaço mais badalado, o Chelsea Classic Cinema, na Broadway em New York, a estréia foi em 10 de março de 1975.
A sinopse do espetáculo misturou essas referências do cinema de terror e ficção científica, com o erotismo andrógino da estética do Glam Rock britânico

Trata-se da estória de dois jovens cientistas recém casados ( Janet Weiss e Brad Majors ), que a caminho de sua lua-de-mel, passam dificuldades por uma estradinha sob forte tempestade. Avistam um castelo e resolvem pedir socorro, usando o telefone...
Todos os clichês dos velhos filmes são usados, mas sob a égide do glitter Rock, onde o cientista maluco ( Dr. Frank-N-Furter ) dono do local é um travesti e seu mordomo e a governanta, igualmente lânguidos e macabros (Riff Raff e Magenta ).
Ele está dando vida à um homem (Rocky Horror), tal como o Dr. Frankenstein, e no castelo, o clima é o de um Cabaret berlinense dos anos vinte.
Para salvar o casal, aparece o Dr. Everett Von Scott (clara referência ao Dr. Van Helsing de Dracula). Mas Frank-N-Furter já havia seduzido os dois com seus joguetes sexuais.
No final, Frank-N-Furter, Riff Raff e Magenta revelam serem alienígenas do planeta "Transilvânia", da galáxia "Transsexual"e que a dança "Double Feature", era na verdade uma dança de acasalamento de seu planeta. Apesar dessa mistura de conceitos malucos, o espetáculo agrada aos fãs do glitter Rock, além de homenagear singelamente, os clássicos do cinema de horror e ficção científica.

No Brasil, a primeira montagem foi histórica.
O ator Rubens Corrêa dirigiu o espetáculo que tinha Eduardo Conde como o Cientista-travesti Frank-N-Furter e no papel do casal, Wolf Maia e Diana Strella cantora da Equipe Mercado.
Lucélia Santos fez Magela e Tom Zé interpretou o mordomo Riff Raff, o narrador maluco foi feito por Nildo Parente . A estréia foi no Rio de Janeiro em janeiro de 1975.
Eduardo Conde teve que deixar a montagem tempos depois, por problemas de saúde e foi substituído por Edy Star.
A peça foi montada em São Paulo no mesmo ano, com Paulo Villaça, Antonio Biasi e Lucia Turnbull, substituimdo alguns atores da 1ª montagem, que sairam.
A adaptação musical ficou a cargo de Zé Rodrix, Jorge Mautner e Kao Hossman, os musicos que tocam acompanhando Zé e os Atores são: Mario Jansen - Orgão e Mellotron, Didito Dias na Guitarra, Joca Moraes na Bateria, e Gae Galifi no Baixo. a Som Livre lançou um LP no mesmo ano com a trilha sonora cantada pelo elenco brasileiro.

Nenhum comentário: